A ansiedade, como entendida nos dias atuais, é um sintoma contemporâneo. Vemos cada vez mais ao nosso redor queixas de ansiedade e centenas de pessoas sendo diagnosticadas diariamente com Transtorno de Ansiedade Generalizada e outros mais.
De certo, a ansiedade tem impactos nas mais diferentes áreas na vida de cada sujeito, que vão desde seu bem-estar mental até uma somatização em seu corpo – tonturas, palpitações, falta de ar, tremedeiras. Vemos aí, também, um impacto na vida cotidiana dessas pessoas, uma vez que esse sintoma pode refletir, também, na vida profissional, acadêmica e interpessoal – familiar, amorosa e social.
Freud, ainda em 1916, traz a ansiedade como a manifestação de um sofrimento psíquico; de uma confrontação interna. Pode estar relacionada às mais diversas questões que vão desde um desejo contido até cenas traumáticas infantis que se repetem na vida adulta. Não podemos deixar de considerar, ao escutar esse sofrimento, a individualidade do caso a caso. Do que você, sujeito, quer falar ao fazer uso desse significante ansiedade? Falar de si, em análise, é quase sempre uma tarefa difícil. Mas é pela fala, dentro da relação terapêutica – transferencial, que algo de diferente pode ser construído frente àquilo que nos causa angústia.